Diversidade económica protege as economias africanas num contexto de desaceleração do crescimento do PIB global

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Enquanto a recessão global ganha força, a maioria das economias africanas não é afectada devido à força da diversidade económica em algumas regiões. Isso está de acordo com o último relatório do Institute of Chartered Accountants in England and Wales (ICAEW), Economic Update: Africa Q4 2019.

O órgão de contabilidade profissional fornece previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para várias regiões, incluindo a África Oriental. Segundo estimativas, esta região de África experimentou o crescimento real mais rápido do PIB, de 6,3% em 2019, e a previsão é que ela continue nos próximos dois anos. A seguir, está a zona francófona, a segunda região que mais cresce em África, onde as previsões apontam para um crescimento do PIB em 4,9%, no próximo ano.

O relatório da ICAEW, produzido em parceria com a previsão da Oxford Economics, indica também que África vai tornar-se o lar de metade das dez economias de crescimento mais rápido do planeta nos próximos cinco anos.

 

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NAIROBI, Quênia, 23 de Dezembro de 2019, -/African Media Agency (AMA)/- O relatório conclui que, apesar de haver um cenário sombrio criado pelo crescimento lento nos Estados Unidos, China e Europa, o continente africano continua a ser um lugar de muitas histórias económicas positivas. Embora as duas maiores economias do continente, Nigéria e África do Sul, continuem a fazer face a cenários económicos complexos, o relatório conclui que será em África que estarão metade das dez economias de crescimento mais rápido do planeta nos próximos cinco anos.

Falando durante o lançamento do último relatório, o Director Regional da ICAEW para o MédioOriente, Ásia e África, Michael Armstrong, observou que a força das economias diversificadas no leste do continente desempenha um papel importante, amortecendo os choques de uma desaceleração global do crescimento económico.

“O desempenho louvável do crescimento de África no contexto de recuos económicos do mundo mais desenvolvido continua a atrair o interesse dos grandes investidores. Esse interesse mantém as economias africanas numa trajectória de crescimento com a entrada de dinheiro novo nas respectivas economias, o que só pode ser uma coisa boa quando analisada em comparação com as perspectivas globais, que mostram um enfraquecimento do crescimento do PIB global”, diz Armstrong.

 

Director Regional da ICAEW para o MédioOriente, Ásia e África, Michael Armstrong

Director Regional da ICAEW para o MédioOriente, Ásia e África, Michael Armstrong

 

 

“Espera-se assim que o crescimento económico da África Oriental continue robusto, diminuindo ligeiramente de 6,3% este ano para 6,1% em 2020. A maioria das economias da região continua a beneficiar-se dos preços mais baixos das commodities internacionais, enquanto o crescimento do consumo predominante na região isola essas economias da desaceleração do comércio global”, acrescentou.

 

O crescimento económico na zona franca também deve permanecer forte, passando de 4,7% em 2019 para 4,9% no próximo ano. “A exploração efectiva dos recursos minerais e agrícolas da Costa do Marfim foi acompanhada por um ambicioso plano de desenvolvimento do Governo, enquanto a economia relativamente diversificada do Senegal foi apoiada pela estratégia de desenvolvimento do Plan Senegal Emergent”, assinala Armstrong.

Enquanto isso, o desempenho económico do norte da África permanece volátil devido à instabilidade na Líbia, com o crescimento regional a subir apenas 2,8% este ano, para 4,5% em 2020. Já no Egipto, a âncora económica da região, os ajustes de políticas favoráveis à economia estão a traduzir-se em melhores fundamentos macroeconómicos com resultados positivos nas perspectivas de crescimento.

Embora aumente no próximo ano, o PIB nas outras regiões do continente vai permanecer relativamente moderado, em grande parte devido a desempenhos fracos na Nigéria, Angola e África do Sul. Espera-se que o crescimento na África Ocidental e Central aumente de 3,4% em 2019 para 3,7% em 2020, em grande parte retido por um desempenho económico moderado da Nigéria devido a algumas decisões políticas erráticas e ineficazes.

Na África Austral, espera-se um crescimento de 2,2% em 2020, em comparação com uma expansão de 1,3% em 2019. A economia sul-africana vai continuar estagnada este ano, também devido à incerteza política e às restrições de energia eléctrica que tiveram um impacto negativo na indústria e dissuadiram os investimentos em geral.

O relatório completo do Economic Insight: África pode ser encontrado aqui:

https://www.icaew.com/technical/economy/economic-insight/economic-insight-africa


Distribuído pela African Media Agency (AMA) em nome do ICAEW.

 

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